A compra de pistolas taser para as forças de
segurança resulta em experiências contra uma pessoa isolada do mundo
desde os 4 anos de idade
Em princípios de Outubro de 2010 a ACED tem
informação de haver uso de pistola taser numa prisão portuguesa. Apesar
do ofício que a ACED tornou público na primeira hora de que tomou
conhecimento do caso - prática sistemática nesta organização - só em
Fevereiro do ano seguinte, com a divulgação anónima de um
vídeo sobre o caso, a comunicação social informa o público, tornando-se
notícia do dia.
Mais tarde é possível relacionar a vítima de tal
experiência com uma carta recebida na ACED no Verão de 2008, com um
pedido de ajuda a que, na prática, a ACED não soube responder.
Percebemos também como o vídeo tinha afinal
escondido a violência mais importante. Isto é: a produção do vídeo mostrou
apenas a violência que entendeu poder justificar e não mostrou (como se não
existisse) a
violência que por qualquer razão pensou não ser justificável ou pelo
menos não interessar ficar registada - mais disparos de taser com a vítima
no chão, a convalescer do primeiro disparo, ainda durante a filmagem,
enquanto a câmara focava a cela vazia do preso, espancamento com pés e mãos
pelos guardas após a paragem da filmagem.
Dada a iniciativa da deputada Helena Pinto do
Bloco de Esquerda, teve lugar uma audição parlamentar sobre o caso, com a
presença do ministro da justiça e o seu secretário de estado demissionários.
A propósito (ou a despropósito, cada um dirá de sua justiça) o secretário de
estado optou por denunciar a contra informação a que os serviços prisionais
estão sujeitos. A ACED
respondeu à acusação.
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