Aristocracia: estudos e tabus sociais
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Apresentação Estratégias de valorização da classe média: Rendimento básico incondicional A democracia não existe quando os governos que se reclamam da democracia, sucessivamente, vão declarando não haver alternativa às políticas seguidas, ignorando as análises económicas que fazem as melhores previsões, e a oposição política que as veicula finge ser alternativa de governo. A necessidade de romper com este cerco político à sociedade é sentida sobretudo pelos grupos sociais que pensavam viver em liberdade e descobrem como contam pouco nesta falta de democracia. A princesa está sequestrada na torre mais alta do castelo de Kafka. Quem terá a coragem de a resgatar? e de classe aristocrática Elites, classe média e aristocraciaQuando o futuro escurece à nossa frente, olhamos instintivamente para trás a ver se compreendemos, naquilo que pode ser recuperado das nossas acções passadas, a razão de tal negrume. As ideologias em luta, na Guerra Fria, abateram-se uma sobre a outra, esmagando-se mutuamente num discurso único tecnocrático, economicista, alegadamente anti-ideológico, na verdade maquiavelicamente montado (também pelas ciências sociais) para encobrir a verdade atrás de um labirinto de especialidades e especialistas, sábios na ignorância dos constrangimentos que tornam subordinados os respectivos conhecimen-tos aos poderes dominantes . Comunismo, social-democracia, democracia cristã, liberalismo, nada serve as necessidades da actual situação, como o mostram a variedade de tentativas de partidos recentemente criados, em Portugal como noutros países da Europa. A esquerda, em concreto, resiste de derrota em derrota, à espera de um clamor de fundo que ninguém vislumbra e poucos desejam verdadeiramente que ocorra. (Onde ocorreu, foram sempre desilusões, até agora). A história portuguesa sugere muitas hipóteses de saída para a crise de civilização, das quais a defenestração de Miguel de Vasconcelos é a mais recordada. Preferimos recordar a Encíclica Geração, versão medieval e em miniatura da “mais bem preparada geração de sempre”. Em tese, se em vez de entendermos a história como uma luta polarizada entre capitalistas e trabalhadores a entendermos como uma luta tripartida entre burgueses e aristocratas, em que os favores dos populares, para um lado ou para outro, desequilibram a balança – ocorrendo, nesses casos, riscos de revolução, de descontrolo da situação por parte das elites – poder-se-ia rever a história e perspectivar o futuro quiçá de forma mais responsável e realista. O CIES-ISCTE-IUL e o MRR-BG convidam à participação do desbravar das questões assim levantadas, através da apresentação e discussão de trabalhos universitários e políticos, como a genealogia das famílias dominantes em Portugal, o papel das Forças Armadas na história recente, os modos de apropriação das identidades urbanas e rurais pela aristocracia ascendente e descendente, as lutas pelo controlo das actividades culturais. A concentração da propriedade do capital atingiu níveis inimagináveis. A 15 centésimas das pessoas existentes é atribuído o rendimento de 2/3 da riqueza mundial. Os 99,85% sentem-se impotentes perante as sucessivas arrancadas suicidas das instituições ajoelhadas perante o Deus dinheiro – instituições que impõem autocraticamente fidelidade aos seus funcionários, obrigados pelo emprego que, por privilégio, lhes coube (até agora). Obrigados e ansiosamente consumistas de recursos várias vezes acima das possibilidades do planeta dispõe. Enquanto humanos, a nossa dívida cresce anualmente, face à degradação do ambiente, ao qual não sobreviveremos. Os direitos do ambiente, das minorias humanas (na verdade a maioria), a felicidade e a própria dignidade humanas sofrem. O sector militar e de defesa, em 2010, gastaram 1.125 mil milhões de euros, Na zona da OCDE são 3% do PIB. Apenas 5% desse valor é pedido pela ONU, sem sucesso, para os programas de ajuda ao desenvolvimento mais urgente. Os humanos, já se sabe, são capazes do melhor e do pior. Será que podemos entender em que condições de luta de classes o melhor emerge (de preferência antes do pior destruir tudo)? Tentativa 01 "A presença da aristocracia nos dias de hoje" (5 pag) excerto: Com o tempo, as realezas – agremiações de aristocratas submetidos aos desígnios de um chefe comum, laico – fortaleceram-se e opuseram-se, separando-se, dos poderes espirituais, não sem grandes e continuadas guerras. Tentativa 02 "Aristocracia e teoria social" (3 pag) excerto: Nos anos sessenta, a geração do baby boom – central nesta história – torna-se o centro de uma revolução cultural, centrada na universidade. No tempo em que ser universitário era ter acesso assegurado a uma carreira para a (boa) vida, ao serviço do capitalismo florescente dos “trinta anos doirados” após a segunda Grande Guerra, a sua revolta (dos mimados ou dos burgueses, conforme eram vistos pela direita e pela esquerda) tornou-se um problema político central, a que acresceu em 1973 a crise do petróleo e a necessidade de profunda reestruturação da economia e da sociedade. |
Agenda Elites, classe média e aristocracias Às quartas-feiras no Museu da República e da Resistência – Bairro Grandela, Benfica, com a colaboração do CIES-ISCTE-IUL Que é feito da aristocracia? Desapareceu ou transformou-se? Em memórias ou práticas, como é a presença da aristocracia na actual vida social? Onde e como está no século XXI? Tem alguma importância? 1. As estratégias de ocultação da aristocracia submetida – apresentação dos fundamentos e objectivos do programa - António Pedro Dores 6 de Março de 2013 – 18:30-20:30 Recomendação para visualização prévia do filme “Os donos de Portugal” de Jorge Costa, em http://www.donosdeportugal.net/ 2. Os donos de Portugal - Jorge Costa 13 de Março de 2013 - 18:30-20:30 3. Tropa de elite – Mário Tomé 3 de Abril de 2013 - 18:30-20:30 4. Gentrificação - Walter Rodrigues 17 de Abril de 2013 - 18:30-20:30 5. Elite cultural - Patrícia Oliveira; Carlos Vargas 8 de Maio de 2013 - 18:30-20:30 6. Movimentos de transição - representante do movimento 22 de Maio de 2013 - 18:30-20:30 7. “Elites, classe média e aristocracias” – conclusões e comentários de Nuno Monteiro 5 de Junho de 2013 - 18:30-20:30
"A monarquia degenera em
tirania, a aristocracia em oligarquia e a democracia em anarquia." Estimativas da "classe média" para Portugal: 20-25% de pop mais qualificada de classe média praticamente toda no sector público, (Estanque e Mendes, UC), 45-58%, segundo Villaverde Cabral (ICS) ou 53% em (Almeida e al. ISCTE-IUL) cf. Elísio Estanque (2012) A Classe Média: ascensão e declínio, Lisboa, FFMS:65
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