Memórias profissionais e gerações
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Inquérito: Preocupações profissionais (iniciais e finais) As respostas recebidas (apad@iscte-iul.pt) serão arquivadas na página de casos, com os nomes dos inquiridos, com os seus pseudónimos ou anonimizados, conforme os desejos de cada um.
Inspirado na discussão de identidade feita na tese de doutoramento de Mário Artur Borda Machaqueiro 2006, Universidade de Coimbra A maior preocupação dos estudos sociais é revelar o poder. Qualquer poder, porém, decorre da maneira como as sociedades organizam os cuidados prestados às pessoas pelas pessoas. As identidades sociais e pessoais, como as profissionais, exprimem e revelam, ao mesmo tempo, aspectos dos poderes e dos cuidados que mais influenciaram a pessoa que assim se identifica. O que é que cada inquirido pode recordar da sua vida, já completada, e como tais memórias poderão servir as gerações ocupadas em serem profissionais ou em prepararem-se para tal?
Quando se é confrontado com a entrada num novo ambiente organizacional ou social – na escola, no desporto, na universidade, nas artes, na profissão, nas organizações, na política ou activismo – pode acontecer haver uma estranheza que emerge relativamente a práticas que nos parecem mal ou bem e que, com o hábito, deixam de ser chocantes e passam a ser um adquirido da ideia que se faz de como as coisas são e devem ser. Há nesse tipo de experiências um processo de ajustamento dos pensamentos e das emoções às novas circunstâncias. Mas pode haver aí, nessa dissonância momentânea à entrada, uma razão que se forma sobre como deveria ser a boa vida, uma sociedade melhor. Algumas dessas razões seguem na memória, por toda a vida, como sugestões de transformação pessoal e social para que não há condições ou forças para realizar. Esta é a oportunidade de depositar essas memórias raramente utilizadas para memória futura. |
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