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Objectivos e destinatários
Introdução
Num momento histórico caracterizado pela crise estrutural e doutrinária do
Estado Social e do capitalismo, o mestrado que aqui se apresenta tem por
objectivo formar profissionais de sociologia preparados para colaborarem
com actividades que lidam com riscos, emergências, violências, estigmas,
e disponham de uma experiência reflexiva teoricamente fundamentada sobre
situações distintas em que as violências tomam as suas especificidades
próprias.
Preparam-se os mestrandos para as necessidades de articulação de
diferentes práticas e saberes disciplinares e institucionais, através do
estudo e da reflexão sobre diferentes circunstâncias e entendimentos do
mundo, sob a forma de casos.
O mestrado capitaliza a inovação disciplinar e multidisciplinar no
ISCTE-IUL adaptando-a às necessidades sentidas em sociedade, tendo em
consideração o sentido de prestação de serviços altamente qualificados à
sociedade portuguesa que representa a formação superior.
Objectivos
A transformação da
Europa e do Mundo é cada vez mais acelerada e, ao mesmo tempo, cada vez
se perspectiva menos isenta de violências do que alguns imaginaram
aquando da queda do Muro de Berlim.
O mestrado projecta-se como um programa de formação e de investigação
centrado na luta contra práticas violentas e imorais de que enferma,
contra doutrina, a nossa sociedade, e a própria civilização: as
incivilidades. Também se centra nas instituições, como a escola ou a
família ou os serviços de integração social, onde a violência (simbólica
e física) é usada para prevenir mais violência e, ao mesmo tempo,
assegurar a ordem hierarquizada de poderes em vigor.
O curso apresentará não apenas problemas teóricos relevantes para os
nossos objectivos, como também estabelecerá laços privilegiados de
pesquisa com problemas sociais momentosos, através da organização de UC
especializadas.
Destinatários
O Mestrado Sociologia da Violência tem como destinatários preferenciais
quadros dirigentes e superiores de instituições judiciárias, de
reinserção social, de integração social, de segurança, de execução de
penas, educadores, profissionais de saúde, bombeiros, militares,
missionários, planeadores, urbanistas, políticos, e outros que se
confrontem com problemas de violência social. No mestrado serão
admitidos estudantes licenciados cuja orientação profissional se esteja
a fazer nas áreas referidas, independentemente da formação inicial.
Serão privilegiados no acesso os detentores de diplomas em sociologia,
ciências políticas e ciências sociais.
Os trabalhos a desenvolver no mestrado, além da apresentação
programática das perspectivas teóricas relevantes da subdisciplina,
deverão centrar-se em temáticas empíricas desenvolvidas pelos docentes,
em torno das quais seja possível aprofundar conceptualizações
utilizáveis na prática, seja para efeitos analíticos, seja sob a forma
de propostas para lidar institucionalmente com problemas sociais e
institucionais identificados. Estudantes que disponham de orientações
próprias relativamente a objectos de estudo considerados compatíveis
pelos docentes poderão desenvolver tais orientações no quadro dos
trabalhos do mestrado.
As habilitações de acesso ao curso exigem a titularidade de uma
licenciatura. O número total de vagas abertas para o curso é de 30,
sendo que, para funcionar, o curso deverá ter no mínimo 20 alunos.
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