Sociologia da Violência

Ramo do Mestrado de Sociologia ISCTE-IUL

 




Segredos  sociais

ex: rendas sociais

 

HÁ SEGREDOS AO MESMO TEMPO SOCIAIS E INSTITUCIONAIS:

 


joana.vas1@gmail.com Joana Silva

jovens entram à vontade, e embora não haja qualquer tipo de violência física (na grande maioria das vezes), eles exercem alguma violência psicológica sobre os motoristas, já que se estes se opuserem já sabem que terão consequências posteriormente, uma vez que por norma as caras são conhecidas e ficam então os motoristas com medo de agir (normalmente estão sozinhos a "comandar" o autocarro e os jovens entram em grupos de 3 ou mais) porque depois fora do autocarro e do olhar das pessoas, os motoristas podem vir a sofrer consequências físicas ou ficam "marcados" sendo que se gera uma lógica "cigana" já que todos tomam as dores de um, e defendem o jovem que foi posto fora ou multado. Assim, sabendo eu que esta é uma realidade evidente, que todos conhecem mas da qual não se fala,


Ana Pereira ana_pereira_05@hotmail.com

Prostituição

Um velho problema social que tende a persistir.

Dá-se em contextos "obscuros" com especificidades complexas ditados por códigos e linguagens próprias em que o corpo constitui o principal instrumento para obter recursos económicos.


                       Violência doméstica

É uma invisibilidade da sociedade pois ocorre na esfera familiar, na privacidade. Independentemente do sexo, classe social, estado civil ou grupo etário. Sempre houve este tipo de violência como sabemos. Muitas mulheres já recorrem a instituições de apoio à vítima mas ainda muitos outros casos continuam ocultos entre outras razões, pelo receio que têm do agressor e mesmo dependência económica.


Joana Santos Jesus <joana.santos.jesus@gmail.com>

É sabido que as noivas indianas são maltratadas pelas suas sogras e muitas vezes acabam sendo queimadas vivas para que os seus filhos voltem a casar e a receber novo dote.

À falta de documentação oficial, seguem dois endereços onde esta situação é descrita.

Links:"A mulher diante do machismo que marca a sociedade indiana"
"Um terrível lugar para se nascer mulher"


Seraphina Cichowsky <s.cichowsky@gmail.com>

O segredo institucional/social que eu gostaria de partilhar é o seguinte: Negligência  e crueldade num centro de cuidados (sob alçada do estado) na Bulgária. Este assunto foi dado a conhecer ao público geral em 2007 através de um documentário da BBC - Bulgaria's abandoned children. O documentário retrata uma situação no mínimo chocante, dando a conhecer condições de vida imploráveis. Neste sentido, são evidenciados casos de maus tratos e abusos dirigidos a crianças/jovens com limitações tanto físicas como psicológicas (em alguns casos apenas cegueira). As reações a estas imagens foram diversas, prevalecendo aquela que condenava este tipo de comportamentos, agravado pelo facto de a Bulgária ser um país que recentemente se integrara na União Europeia. 

Filipe Gonçalves <filipe_andre_3@hotmail.com>

Tráfico de Seres Humanos em Portugal

O tráfico de seres humanos em Portugal é uma realidade. Desde 2008 registaram-se 231 casos, mesmo que apenas 41 estejam já confirmados. Considero este assunto como um segredo social, visto que os meios de comunicação em geral não dão a ênfase devida a este crime, e nós cidadãos do mundo continuamos também maioritariamente a “esquecermo-nos”. Todos nós sabemos que existe mas continua a ser um problema/crime “ silencioso”.


A discriminação da Comunidade Cigana.

Indico este Segredo Social, visto ser um assunto que ultrapassa fronteiras, assumindo consequências gravíssimas contudo, parece ser uma questão “ignorada”.

É natural que a discriminação institucional continue, se as próprias pessoas discriminam diariamente a comunidade cigana, desde as formas mais “simples”, nomeadamente, quando se referem a esta etnia num sentido altamente pejorativo. As crianças, em Portugal, crescem a ouvir frases pejorativas que parecem já fazer parte do vocabulário português.

A título de exemplo, lembro-me de uma frase muito utilizada, pela minha Professora Primária: “ Não te portes mal, olha que chamo o cigano.”

Deixo, uma notícia avançada pela Amnistia Internacional, que evidencia a comunidade cigana como a mais discriminada na Europa.


Rita Damásio <ritadefigueiredodamasio_@hotmail.com>

Violência contra os Animais

É certo que em sociologia estudamos e observamos as interacções entre indivíduos, aquilo que são, foram ou se tornaram, em sociedade. Então e a sua interacção com o contexto externo a ele? A sociedade influência e é influenciada por coisas não palpáveis (a economia, a cultura não material), então e as coisas palpáveis que o rodeiam, o ambiente, os outros seres vivos? Assim como não podemos separar o homem das suas emoções, não podemos separar o homem do seu comportamento.

A forma como os homems tratam os animais pode revelar dados importantes acerca da sua natureza comportamental biológica, ou sobre as suas concepções sobre moralidade. Um exemplo disso são estudos já realizados que comparam a relação entre a violência contra animais de estimação e a violência doméstica.

Estamos a falar de violência e por isso estamos a falar de um comportamento de coerção sobre outrém, esse outrém pode ser de outra classe, raça ou, neste caso, de outra espécie. No documentário “Terráqueos” de Shaun Monson (ver http://www.youtube.com/watch?v=R06Imw4Zzy0), é feita a comparação que passo a citar “Racistas violam o princípio de igualdade dando maior valor aos interesses de sua própria raça, sexistas violam o mesmo princípio favorecendo os interesses de seu próprio sexo. De forma similar, especistas permitem que os interesses de sua própria espécie se sobreponham aos maiores interesses de membros de outras espécies. Em cada um dos casos, o padrão é idêntico (…) Um tratamento que desrespeita a moral ocorre quando aqueles que se encontram no poder ou numa relação de poder tratam os menos poderosos como se fossem meros objetos. O violador faz isso com a vítima de violação. O pedófilo faz isso com a criança molestada. O senhor com seu escravo. Em cada um e em todos estes casos, humanos que detém o poder exploram aqueles que não o têm. ” Como refere este documentário, os animais e os humanos não são iguais, no entanto, partilham de desejos em comum como comida, abrigo, companhia, liberdade de movimento e ausência de dor. Porém, todos os animais usados pelos homens para alimentação, vestuário, entretenimento e experiências científicas morrem de dor.

Na minha opinião estes são argumentos válidos pelos quais devemos pensar objectivamente se a violência dos homens sobre os animais não é mais um dos segredos sociais que partilhamos na nossa sociedade e que só os rotulados de “defensores dos animais ou amantes de animais” discutem publicamente.


Ana Costa soraia146@hotmail.com

Violência Psicológica contra as mulheres, é ainda um segredo social tendo em conta que muitas das sociedades ainda não prevejam legislação para esta forma de violência. Estatisticamente esta é considerada a segunda maior forma de violência contra o sexo feminino.

www.youtube.com/watch?v=oKlGrLTCEY

 

 

 


Joana Mota joana__mota@hotmail.com

TENSÕES RACIAIS

A questão racial reitera-se continuamente envolvendo diferentes formas de sociabilidade através de processos de dominação e apropriação. Revela-se um desafio permanente, como cada individuo ou grupo se tornasse quantificável ou inqualificável levando à “Limpeza étnica” acentuando a alineação consequentemente a não participação ativa. No filme Crash é demonstrado a questão racial e as suas consequências http://youtu.be/2EuPCwPGVQo (trailer).

GENOCÍDIO EM RUANDA

Ruanda é um dos lugares com as maiores atrocidades da história da humanidade onde os tutsis são brutalmente assassinados por milícias de etnia hutu. 'Hotel Ruanda' (filme) http://youtu.be/3wf8prFBpIM (trailer) conta-nos a história verídica de um homem que conseguiu evitar o genocídio de mais de 1200 tutsis durante a guerra civil ao conceder-lhes abrigo no hotel que dirigia.


Elisabete Martins <Elisabete_Monteiro_Martins@iscte.pt>

A violação de mulheres em situações de guerra.

Nestas situações a mulher é tida como um objeto, sendo por isso utilizada como arma de humilhação para as famílias e comunidades subjugadas. São ataques que as tropas fazem diretamente à população com o objetivo de as debilitar ao máximo.

Ocorre não só uma violência praticada fisicamente pelos agressores, como posteriormente, psicológica também pelos familiares das vítimas. Em muitos casos acabam por serem excluídas pois são vistas como alvo de vergonha dentro da própria comunidade.

Violação como arma de guerra

Violar as mulheres é uma arma de guerra


 Marta Martins <marta_martins_85@hotmail.com>

Violência sexual infantil da família

A história da austríaca Elisabeth Fritzl chocou o mundo em 2008, quando foi revelado pela mídia que foi mantida na cave da sua casa por 24 anos. Durante duas, a criança, conviveu com os abusos do progenitor, o seu pai, numa relação incestuosa que começou quando a jovem tinha apenas 18 anos e da qual nasceram sete filhos. O caso foi exaustivamente divulgado pela imprensa local e internacional, até o julgamento de Joseph Fritzl, resultando numa condenação a prisão perpétua.

Casos como este não são tão poucos, mas, sim, raramente tornados públicos. Em 2010, num jornal argentino “El Clarín” revelou uma outra mulher que foi abusada sexualmente pelo pai por três décadas e com quem teve nove filhos. O mais velho cometido o suicídio quando descobriu a verdade sobre o avô e pai.


marta okamoto <martasouzamva@hotmail.com>

Violência nos Presídios brasileiros

A invasão ao presidio do Carandiru no dia 2 de Outubro de 1992, é apenas um reflexo da violência das prisões brasileiras. Passados 20 anos, mais de duas décadas as questões pertinentes aos problemas no interior das instituições prisionais continuam; Celas superlotadas, quadro de funcionários insuficientes, falta de condições de higiene e de atendimento médico, abuso por parte de agentes penitenciários e directores, além da violência por pate da polícia militar, sempre convocada a invadir os presídios em caso de rebeliões, essas condições indignas a vida humana, não tem carácter nenhum de ressocialização ao contrario produzem sentimentos de ódio e revolta nos presos com a atenuante de que esta violência é cometida em nome da sociedade e legitimada por ela.


 

Segredos institucionais

ex: "A União Europeia Morreu em Chipre" Viriato Soromenho Marques

 

COMO A QUESTÃO DA "RAÇA"

OU A TORTURA 1 2 (Limite da dor, Antena 1)


joana.vas1@gmail.com Joana Silva

 

as praxes a novos membros do exército um segredo institucional. Na verdade, muito se fala sobre as praxes académicas, mas é raro darem a conhecer aquilo que se passa no meio militar neste aspeto. A verdade é que pelo que sei, aqui falamos de praxes muito mais agressivas, que se realizam a uma escala muito superior às académicas, já que aqui estamos na ordem da obrigação de cumprir e nas consequências por vezes traumáticas quando tal não acontece (e até mesmo quando acontece).

 

 

 

 

 

 

 


Ana Pereira ana_pereira_05@hotmail.com

 

Casa Pia

É conhecido o escândalo do abuso de menores nesta instituição, mas visto os abusadores tratarem-se de figuras públicas. Este caso arrasta-se ao longo dos anos sob forma de se ocultar socialmente os verdadeiros culpados.

 

 

Violência sobre os idosos nos lares

Muitos idosos sofrem de maus-tratos nos lares, sem condições de higiene e necessária medicação. Sofrem em silêncio.

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Creio que este assunto pode tanto ser considerado um segredo social como um segredo institucional. Segredo social porque estas crianças/jovens foram cruelmente abandonados pelas suas famílias devido a uma incapacidade física ou mental e segredo institucional porque este centro de cuidados se encontra sob alçada do Estado, sendo que os actos de negligência e abusos que lá se desenvolvem acontecerem com o conhecimento (mesmo que parcial) das entidades responsáveis.
 
Como consequência deste documentário e das denúncias feitas através do mesmo algumas entidades mobilizaram esforços na sua luta contra este problema. Os resultados destes esforços são exibidos num segundo documentário que retrata a situação melhorada de algumas das crianças/jovens que participaram no primeiro documentário (filme dividido em 6 partes).

Filipe Gonçalves

Os casos de pedofilia que têm aparecido associados a padres, a seminários , no fim e ao cabo , casos de abusos de menores associados à religião, neste caso , católica. Julgo que a sociedade terá de repensar a sua essência , porque para os crentes , como é possível as pessoas que são a voz do Deus no qual acreditam , praticarem esses actos ?? Durante anos , as crianças eram mandadas por diversos motivos para seminários e instituições de cariz religioso.. porque as instituições de cariz público que acolhiam as crianças não eram bem aceites. A minha ideia era que se reflectisse acerca disso , se pelo facto de essas instituições estarem associadas a uma religião que neste caso é a mais aceite e a que tem mais crentes no nosso pais, merecem essa confiança "cega" ? Não se deve também acompanhar essas crianças, em vez de as deixarem ao cuidado dos padres e freiras sem que sequer seja feita uma fiscalização e sem que haja um acompanhamento ?


Catarina Teixeira <catarinanunesteixeira@gmail.com>

Prisão de Guantánamo

Todos nós “conhecemos” a Prisão de Guantánamo, porém as questões inerentes ao tema parece estarem longe da agenda política.

Os 11 anos da existência de Guantánamo, são de conhecimento público, mas o que por lá se passa não!

Há 4 anos que Obama promete fechar Guantánamo. Foi uma das suas bandeiras de luta na sua primeira Campanha à Presidência dos EUA. Como é sabido, Obama encontra-se no seu 2º mandato e a Prisão de Guantánamo continua a ser palco dos maiores atentados aos Direitos Humanos.

Disponibilizo, o testemunho de um ex-preso de Guantánamo.

 

 


Rita Damásio <ritadefigueiredodamasio_@hotmail.com>

Abusos sexuais em Hospitais

O internamento de uma pessoa num hospital pressupõe toda uma situação e posição pessoal de fragilidade física e psicológica do mesmo, implica uma situação de incapacidade e dependência devido à sua condição, seja num indivíduo adulto ou numa criança. O hospital deve ser uma instituição que oferece e garante cuidados de saúde e segurança aos cidadãos, presta assistência em momentos de doença, amenizando os seus sintomas e o seu sofrimento dando apoio físico e psicológico aos pacientes. Assim como deve oferecer protecção na sua condição de doente. Porém, os hospitais podem revelar-se um ambiente hostil, quando pessoas nestas condições delicadas são expostas a actos de violência como abusos e violações sexuais. Os artigos que se seguem são exemplos de casos de abusos sexuais que ocorreram em Portugal e no Brasil em Instituições Hospitalares e exercidas por profissionais dos mesmos. Estes casos, levam-nos a reflectir sobre a frequência deste tipo de situações nos serviços hospitalares e o seu papel na sociedade. (Links: http://www.jn.pt/paginainicial/interior.aspx?content_id=1452573 ; http://www1.ionline.pt/conteudo/73719-santarem-enfermeiro-suspenso-alegado-abuso-sexual-utentes-do-hospital ; http://noticias.r7.com/distrito-federal/noticias/tecnicos-de-enfermagem-acusados-de-abuso-devem-ter-registro-cassado-20130201.html)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Ana Costa soraia146@hotmail.com

http://tudoparaminhacuba.files.wordpress.com/2012/05/guanta10.jpg?w=470                                     A prisão de Guantánamo considera-se um segredo social bem com institucional na medida em que é do conhecimento do público e institucional. Foram divulgados relatos da violência que la se pratica e ainda assim nada foi feito. Deixo aqui um link de uma entrevista feita a um antigo prisioneiro.  http://assange.rt.com/es/


Joana Mota joana__mota@hotmail.com

MORTE NÃO ANUNCIADA em HOSPITAL

O caso da médica Virgínia Soares de Sousa: Desligar máquinas de doentes para se conseguir mais vagas no Hospital Evangélico de Curitiba, Brasil, em que trabalhava.

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Elisabete Martins <Elisabete_Monteiro_Martins@iscte.pt>

Violações no exército dos EUA.

São o tipo de violações que ocorrem em contexto militar, soldados que violam e abusam das mulheres-soldado (maioritariamente). Abusos que acontecem dentro de um ambiente que deveria ser de companheirismo e camaradagem. E que em muitas dessas situaçoes as vítimas não têm onde ou a quem apresentar queixa. Existem dados que referem mais de 20% de mulheres abusadas no serviço.

Deixo o link de um documentário que retrata essa realidade:

 "The invisible war"

notícia Euronews a respeito do filme

 

 


Marta Martins <marta_martins_85@hotmail.com>

Violência na Escola

A violência na escola ocupa espaço privilegiado nos meios de comunicação de massa, nas últimas décadas, em que se assume a posição de espectáculo com forte aderência da população. A escola enquanto instituição de dimensão cultural, a organização é uma materialização do institucional que se desdobra em normas e regras num modelo de apreensão e pensamento sobre o mundo. Contudo, esconde episódios de violência entre os alunos com o objectivo de não transparecer uma péssima imagem desta instituição.

 

 

 

 

 

 


marta okamoto <martasouzamva@hotmail.com>

Impunidade e violência

O massacre do Carandiru, como ficou conhecido, ocorreu no dia 2 de Outubro de 1992 na cidade de São Paulo - Brasil, onde morreram 111 presos vítimas da invasão policial. A policia militar sob o comando de seus oficiais e com autorização da Secretaria de Segurança e do governador do Estado de São Paulo, a pretexto de conter uma rebelião que se passava no interior do presídio, invadiu a instituição prisional, o resultado desta acção foram os assassinatos de 111 presos, passados 21 anos somente um reu fora condenado o comandante Ubiratan Guimarães, que recorreu da sentença judiciária, foi absolvido, eleito deputado e morto em 2006; dos 83 acusados somente 26 estão actualmente em julgamento (21/04/2013) os demais continuam actuando na polícia, outros já morreram. O atraso e o descaso das autoridades competentes e da sociedade brasileira favorece a cultura da impunidade.


 

  volta ao início da página