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Sociologia da instabilidade

 

 

Autor: António Pedro Dores

Título: "Sociologia da Instabilidade"

Data: 2007

Editora:

 

Da "Conclusão"

"Os estudos sociais – esta é a principal tese deste trabalho – não devem estar alheados da pesquisa sobre o que se possa entender que é a sociedade. Não há nenhum problema em que a definição de sociedade seja difusa, confusa, controversa. O mesmo se passa com os conceitos de átomo ou de universo, que evoluem com os conhecimentos. Por maioria de razão é natural – e não põem em causa a cientificidade do trabalho de investigação – que o conceito de sociedade não apenas evolua com o conhecimento mas evolua também com a história e as perspectivas políticas de análise do presente e do futuro.

(...)

Quantos estudantes (e professores) de sociologia não imaginam que ajudar as pessoas em dificuldade é apenas uma questão de disponibilidade e vontade pessoal dos profissionais, nomeadamente dos sociólogos? Quantos sociólogos são capazes de distinguir problemas sociais de problemas sociológicos? Enquanto instituição, a sociologia não serve para resolver problemas sociais: isso é tarefa do Estado Social cujas dificuldades são evidentes, actualmente. A sociologia é uma ciência que serve para conhecer o que seja isso de sociedade, em particular de que modo a sociedade moderna é diferente das outras, na crença de que sabendo isso será possível orientar os comportamentos institucionais e humanos de modo mais racional, menos violento e mais eficaz.

(...)

O nosso desígnio maior, enquanto humanos, como o mostra a história, para o bem e para o mal, é ultrapassar a nossa própria natureza, tornarmo-nos estranhos de nós próprios, superarmos as expectativas, surpreendermo-nos: olhar de fora de nós com os mesmos olhos com que olhamos para dentro de nós, à procura de sentido, na esperança (que não é vã) de sintonizarmos mundos diferentes entre si através de nós próprios.  (...)"

A sociologia da instabilidade

Uma teoria do conhecimento sociológico

 I. Uma perspectiva sociológica para o século XXI

A questão positivista

A questão da violência

Uma brevíssima história da sociologia

1968 e a emergência da revolução neo-liberal

O que é a sociedade, actualmente?

Contribuição da sociologia para a sociedade actual

II. Estados de espírito – um programa sociológico

Estados-de-espírito

Segredos sociais e níveis de repugnância

Sociologia das prisões

III. Manifesto positivista

“Sr. Blair regresso a Deus”

A igualdade: valor inspirador do positivismo

Abrir a sociologia às ciências biológicas e normativas

Centralidades temáticas e objectos marginais

Sociologia dos direitos humanos

IV. Dimensões e essências sociais

Potencialidades e realidades

Introspecção e teste de hipóteses

V. Naturezas sociais

Diferentes estratégias de afirmação da teoria social

O sujeito

Naturezas sociais

VI. Dinâmicas sociais

Institucionalizações e transformações sociais

Reprodução e disposições sociais

Dinâmicas sociais

VII. Emoções enquanto os operadores de estados-de-espírito

(Passagem ao acto: pensamento religioso e pensamento belicoso)

A actualidade das redes terroristas

Culpabilização – pecado original dos intelectuais ocidentais?

Transversalidade do modus operandi

Tempo e institucionalização ocidental, segundo algumas das principais dimensões sociais

A culpa

VIII. Culpa e fidelidade

Individuação: libertação

A natureza social e a artificialidade das instituições

Institucionalização: culpa, exclusão e integração

Quadros:

Quadro I.1. Mutações epistemológicas entre a sociologia clássica e a actual

Quadro I.2. Teses histórica e sociológica sobre fenómeno do encarceramento

Quadro VI.1. Motores da diferenciação social moderna

Quadro VI.2. Dinâmicas sociais modernizadoras

Quadro VII.1. Operadores de mudança de estados-de-espírito mais típicos da civilização Quadro VIII.1. Fontes de dinâmicas de violência social estruturante