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Mertula Mariame

A arruinada igreja católica de Mertula Mariame, datando do tempo do Rei Suzeniôs, situa-se no interior do antigo mosteiro real com o mesmo nome (localizado no distrito de Mota, no Gôdjame). O edifício de três naves e de planta cruciforme foi iniciado pelo missionário Jesuíta Bruno Bruni e pelo irmão leigo Juan Martinez (o arquitecto dos jesuítas na Etiópia) em 1628, no local (e muito provavelmente com os mesmos materiais) de uma anterior igreja ali construída por ordem da Rainha Eleni no final do século XV e posteriormente destruída pelos exércitos muçulmanos do Emir Ahmed Granhe e pelas razias dos Oromo. Suzeniôs cedeu o então muito danificado complexo de Mertula Mariame aos missionários jesuítas, na condição de estes o restaurarem. A nova igreja ainda não tinha sido terminada quando os jesuítas foram expulsos do país em 1633. As paredes, que ainda permanecem de pé (com mais de 10m de altura), assim como a elaborada decoração das paredes, testemunham a importância e originalidade desta igreja: a delicadeza e estilo das decorações dos arcos principais evidenciam uma provável presença dos pedreiros do Gujarate na corte abissínia e a forte influência da arte decorativa indo-portuguesa. Os baixos relevos e outras decorações nas pedras da zona do altar e em torno das janelas e da porta da capela são de evidente origem católica ocidental, tal como as figuras antropomórficas que constituem os cachorros de sustentação do tecto da nave principal.

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A igreja católica
Igreja de mertula Mariame, interior
(fotografia: H. Pennec)

 

Igreja de Mertula Mariame, arco
(fotografia: H. Pennec)
igreja de Mertula Mariame, entrada de capela
(fotografia: M. Ramos)
Igreja de Mertula Mariame, janela
(fotografia: M. Ramos)
Igreja de Mertula Mariame, cachorros de sustentação do telhado
(fotografia: M. Ramos)
Planta de Mertula Mariame