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Um ponto de partida para o estudo da complexidade Ciência, moral e transformações Ler Edgar Morin, Ilya Prigogine e outros (1998) A Sociedade em Busca de Valores - para fugir à alternativa entre o cepticismo e o dogmatismo, Piaget. A ideia é a de prefigurar uma tabela periódica de estados de espírito, configurações ao mesmo tempo singulares e sociais, potencialmente disponíveis a todos os seres humanos mas apenas configuradoras primeiras de personalidades e destinos nalgumas situações empíricas, como acontece com a matéria vista como composta de átomos. Tabela de estados-de-espírito
Queremos utilizar a abertura paradigmática da sociologia não para concorrer com explicações definitivas (mecanicistas, estruturais, equilibradas, realistas, normais ou outras) ou com argumentos de autoridade, quais complexos de inferioridade em bicos de pés face ao poder das ciências exactas, mas para cumprir tarefas de coordenação e cooperação teóricas e doutrinais entre várias disciplinas das ciências sociais, assumindo os limites da participação da disciplina a um dos seus âmbitos privilegiados: a análise científica dos estados-de-espírito. Espaço de análise de estados-de-espírito
Processos:
individuação (valores: liberdade e igualdade) institucionalização (valores: expropriação alienante e funcionalização abstratizante) profissionalização (valores: tabu de género e representação identitária) Para estudar Portugal e o Mundo cf. Boudon, Raymond (2004) “La Sociología que realmente importa” em Papers 72, 215-226. Situação do mundo O fascínio pela vida na Europa, testemunhado pela pressão migratória e pela manifestação de intenções de adesão à União Europeia, decorre do seu carácter preventivo relativamente à guerra e à violência, aos valores da liberdade e da igualdade como ideais respeitáveis em função do trabalho, da economia de afluência e da miscenização cultural. Numa palavra: os princípios doutrinais de justiça autónoma das querelas partidárias e o modo democrático como esses princípios são aplicados têm sido apreciados pelo Mundo. Porém, as desilusões têm-se acumulado, à medida que as expectativas de progresso têm vindo a ser substituídas por competições contra a exclusão, a que muitos - por razões de nacionalidade ou de condição antropológica, não conseguem sequer ter acesso. Por isso têm aparecido como virtuosas doutrinas anti-modernas ou pós-modernas susceptíveis de solucionar problemas identitários próprios da reflexibilidade coersiva, quando os caminhos práticos de exercício da igualdade de oportunidades estão manifesta e sistematicamente condicionados, isto é quando a prática de justiça social contradiz de forma evidente a doutrina da justiça social dominantemente propalada. Ler Richard Sennet (2006) The Culture of the New Capitalism, Yale University Press. Situação de Portugal Não tem problemas de nacionalismos internos nem externos. Tem desigualdades sociais socialmente integradas e uma descrença tradicional no funcionamento das instituições, em particular das instituições judiciais. Há uma crise de identidade nacional centrada no funcionamento da justiça que só pode ser ignorada à custa da degenerescência do regime e do Estado, mas que para ser abordada necessita de intervenção externa, cívica, cidadã, política no sentido mais estratégico, de longo prazo, cujo desenrolar pode ser antecipado como utopia e doutrinado como tal, nomeadamente através de uma profunda reformulação do sistema de formação, de recrutamento e de carreiras dos funcionários ligados a todos os ramos do sistema de justiça, desde polícias a magistrados, acompanhada por uma pedagogia social adequada a ultrapassar a situação de anomia. Ler Joaquim Aguiar (2006) Fim das Ilusões Ilusões do Fim, Aletheia. Conceito sociológico estados-de-espírito organiza-se em três planos: a) bio-ético b) jurídico c) socio-económico a) Cuidados paliativos; feminismo e denúncia, prevenção e mudança de estilos de vida contra abusos; denúncia, análise e prevenção dos traumas. b) Necessidade da igualdade para sustentar a liberdade; degenerescência das práticas e das doutrinas liberais a nível das classes dominantes; relativismos, fundamentalismos, tolerância, integração e diálogo de civilizações; reorganização da justiça social, a nível da sociedade civil (empresarialismo, sectores sociais da economia e do Estado, cidadania), da doutrina (as chamadas questões fracturantes) e da reorganização do Estado (Estado Social vs Estado Penal) c) Exclusão social e exclusivismo social, o revivalismo da luta de classes e a nova questão social, o novo espírito do capitalismo, a sociedade em rede, a sociedade da vigilância ver Apresentação |
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