Uma apresentação da temática Naturezas Sociais


English discussion about this matter: Here.

Michel Foucault (2006) É Preciso Defender a Sociedade, Lisboa, Livros do Brasil.

pp.58  “fabricação dos sujeitos"

heterogeneidade

técnicas

efeito de subjugação

 

 

pp. 78 discurso histórico

genealogia da ressuscitação dos antepassados

circular exemplos

memória

 

 

 

pp. 204

biologia

filologia

economia política

 

 

Konrad Lorenz (1979) A agressão – uma história natural do mal, 2ª edição, Lisboa, Moraes editores

pp. 262  

comportamentos rituais

controlo moral

pulsões

 

è Sociedade:

è naturezas sociais

                        è orientações sociais (declarações sobre valores)

                        è estados espírito elementares (limites-potencialidades humanas)

A teoria dos estados-de-espírito procura identificar com rigor um nível analítico e experimental apropriado para o que possa ser entendido como a sociedade. Sociedade como emergência natural da condição humana ao nível da regulação mental, consciente e inconsciente, racional e irracional, da acção dos sujeitos. 

Naturezas sociais é uma concepção de sociedade delimitada a certos níveis da realidade – como propôs Durkheim quando nos apresentou a noção de consciência colectiva como sendo a própria sociedade, e os factos sociais como evidências da existência dessa consciência colectiva. Tais objectos (reais mas também construídos mentalmente, para efeitos disciplinares e auto disciplinadores) são específicos da sociologia e só da sociologia, que apenas a eles se deveria dedicar.

Durkheim distingue os saberes sociológicos dos psicológicos (suicídio) e económicos (divisão de trabalho). Faz uma distinção horizontal. Há, porém, que estudar também as distinções verticais entre disciplinas científicas, como de resto é proposto por Comte, da química inorgânica à química orgânica, da fisiologia ao comportamento social. A teoria social, como em Peter Berger e Luckmann (2004/1966), deveria ser capaz de entender como é que os fenómenos sociais se formam e se destacam de outros fenómenos não sociais, como os fenómenos biológicos ou os fenómenos jurídicos. Precisamos de compreender melhor o sentido dessas distinções verticais e horizontais para termos uma medida exacta sobre o valor e as limitações do pensamento sociológico (bem como de outros saberes especializados, científicos ou não). Para podermos ser críticos relativamente aos usos sociais dos discursos sociológicos, bem como de outros tipos pensamento, nomeadamente o médico, o militar, o político, o económico, o psicológico, o religioso, etc.

É particularmente relevante ter capacidade de apreciar a proposta de Durkheim que determina a prioridade moral (e não política ou tecnológica, por exemplo) na definição das potencialidades e limitações da acção social que constrói o futuro. Para esse efeito a teoria dos factos sociais é demasiado estática e virada para o passado para nos pdoer dar respostas.

Naturezas sociais é uma indicação da relevância da organização dessa discussão, a de saber como do cosmos, matéria e energia se separaram e relacionam, de como da matéria inerte foi possível emergir a vida, de como da vida emergiu a consciência e de como a consciência precisa de dar sentido à vida, à organização da matéria e da energia, e à história do cosmos, como se fosse – como provavelmente é – a sua própria história: a história da consciência humana.

 

Berger, Peter L e Thomas Luckmann, (2004/1966) A Construção Social da Realidade – um livro sobre a sociologia do conhecimento, Lisboa, Dinalivro.


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