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SNESup - Sindicato
Nacional do Ensino Superior
Informações sobre a situação do SNESup
Caros colegas,
Entendo a minha participação na vida sindical quase da mesma maneira que
entendo a minha participação nos órgãos de gestão do ISCTE, como um dever
para com os colegas e a academia, em nome dos melhores valores que
partilhamos.
Correspondi, desde 2001, às solicitações que me chegaram para ser delegado
sindical e mobilizar colegas do ISCTE para ocupar os quatro lugares
instituídos pelos estatutos em vigor, e para aceitar a nomeação para Vice
Presidente da Direcção no quadro das eleições para aquele órgão, realizadas
em Novembro de 2003.
Para um balanço da minha experiência, podem os colegas ler o que se segue.
Conclui estarem os órgãos sociais do sindicato tomados por uma clique
anti-democrática, liderada pelo colega Nuno Ivo Gonçalves, que está a causar
danos irreparáveis ao sindicato, aos seus associados, aos docentes em geral
e ao Ensino Superior. Pelo isolamento a que se auto-votam os dirigentes
assim tolhidos, pelos compromissos inconfessáveis que paulatinamente se vão
consolidando e, finalmente, pela inoperância sindical que daqui resulta para
o que é essencial.
Porque entendo que o sindicato é dos seus associados, e na medida em que
assumi a responsabilidade de representar os colegas do ISCTE que estão nessa
situação, quero oferecer aos interessados a oportunidade de – face a face –
clarificar e discutir a situação, cuja gravidade assim o impõe.
Com os
melhores cumprimentos
António Pedro Dores
PS: ver
notas sobre Conselho Nacional de 12 de Março de 2005 em
"Contribuição para o
balanço histórico dos estatutos de carreira docente"
Caros colegas,
Tenho
consciência, porque isso me foi insistentemente dito por pessoas muito
diferentes, que vai parecer "um caso pessoal". Esse simples facto - mais o
facto de ter pensado o mesmo quando outros casos semelhantes aconteceram, no
SNESup e fora dele - faz-me pensar que a rede de complots é o modo
"normal" de "organizar" em Portugal. Ora, a ser assim, o que me parece quase
certo, este caso pessoal é muito mais do que isso: é a própria raiz do nosso
"atraso", isto é da nossa incapacidade de mobilização e de utilização dos
recursos escassos de que dispomos, no sindicato, no Ensino Superior e no
País. (ler texto em Blogadas com o título
"Organizemo-nos")
A
informação
é a seguinte: depois de um ano a fazer – sem o saber – de testa de ferro
(Vice-Presidente da Direcção) de
uma clique anti-democrática que tomou conta do sindicato SNESup faz
alguns anos, quando toquei com o dedo na ferida (a pergunta era simples:
porque é que não é a Direcção que dirige o sindicato?), na surda, fez-se um “golpe de Estado”,
para evitar encarar o problema. O que, evidentemente, confirmou, com estrondo, as minhas
piores
suspeitas.
A censura
que de imediato se levantou, inibindo a rede de emails que esteve
anteriormente aberta entre os delegados sindicais das diversas escolas, obriga-me a usar meios próprios para informar os colegas
interessados, em particular aqueles que foram ou serão alvos da mesma "mobilização
sindical" que me "atacou" para ajudar o SNESup.
Para conferir e aprofundar a situação a que me refiro, produzi
esta página para ser lida na net.
ISCTE, 2005-02-10
O sindicato nacional do ensino superior está
tomado por uma clique

“Por
iniciativa do colega Luís Moutinho, que assegurou a presidência durante a
primeira parte do seu mandato, a Direcção do SNESup elegeu em 8 de Janeiro
último uma nova equipa coordenadora (…)” in InfoSNESup nº 7 de Janeiro de
2005.
Segue a versão dos acontecimentos do
Vice-Presidente saneado, 30 anos depois do 25 de Abril, apanhado na ratoeira
da vigarice institucionalizada.:
OT:
Perguntas mais frequentes
Clique toma conta da Direcção
Cronologia de
acontecimentos relevantes
Contra a indiferença e o
oportunismo
Declaração de limitação de
responsabilidades
seguem-se outros documentos sobre a actividade
sindical positiva
Perguntas mais frequentes
1. Porquê este lavar de roupa suja?
Há razões pessoais: não gosto de fazer figura de otário.
Mas também tenho suficiente amor próprio para não prescindir de me oferecer
como testemunha disso mesmo, em nome da sanidade social, em vez de recolher envergonhado.
Há razões de complexidade: alguém
acredita que a
direcção de um sindicato aceite prescindir das suas responsabilidades em
favor do último elemento da lista, que por sua vez ataca regularmente outros
elementos da Direcção com insultos e estratégias de liquidação de carácter,
organiza censura nos recursos de comunicação entre os delegados sindicais,
faz sair comunicados em nome da Direcção sem conhecimento desta? Alguém
acredita que em nome do sindicato se tenham denunciado colegas em eventual
situação de acumulação ilegal, sem que a Direcção tenha tido conhecimento?
Pois.
Há razões políticas: são reconhecidas as dificuldades
lusas de organização. Como são conhecidos os problemas de mobilização
sindical. Mas que isso seja pretexto para que a direcção do
sindicato assuma conscientemente práticas anti-democráticas, como a recusa de
produção de actas de reuniões de direcção "desagradáveis", saneamentos de membros da
direcção, auto-nomeação de nova direcção sem eleições ...
2. Porquê agora, depois de um ano de responsabilidades
na Direcção?
Há um efeito de prestígio: o SNESup tem um passado
prestigiado de independência, credibilidade e democraticidade na defesa dos
interesses sindicais dos docentes do ensino superior. Conscientes da
necessidade de adaptação aos novos tempos, em particular da maior relevância
sindical dos problemas nos politécnicos e da saída dos principais dirigentes
da vida sindical, perante a desmobilização dos colegas neste campo, há que
contribuir para encontrar os caminhos certos e não permitir, o que tem vindo
a acontecer nos últimos anos, com a indiferença dos sócios mal informados e
dos dirigentes bem informados, o uso do sindicato como recreio de gente sem
escrúpulos democráticos.
Há um efeito de voluntarismo: a vontade de
responder afirmativamente aos convites de mobilização,
mais a ansiedade de poder não ser capaz, levaram-me a ser cauteloso e
maleável nas minhas tomadas de posição. Sem prescindir delas, fiquei pela
Direcção, enquanto não fui ostracizado, enquanto houve direcção legítima.
Há um efeito de vigário: fui “entretido” com o aparente
apoio da direcção a propostas que fiz, na esperança de testar rumos de acção
sindical para o futuro. Percebi a falta de entusiasmo, mas não me apercebi
da indiferença nem do oportunismo. Só mais recentemente coloquei a hipótese (que pude
confirmar) de que a direcção evita a todo o custo discussões estratégicas,
não só porque não as saiba organizar mas também porque precisa de manter a
discussão a esse nível (baixinho) para que os poderes fácticos do aparelho possam
continuar incólumes.
Há um efeito de “déjà vu”: quando me vi insultado pelo
colega do costume – contra quem não tenho nenhum problema pessoal,
mas a quem sempre quis exigir responsabilidades pelos seus actos: o que não
foi avante por impedimento, em primeiro lugar, do Presidente Luís Moutinho e
em segundo pela Comissão de Disciplina – logo entendi qual seria o meu destino, tendo em conta experiências
anteriores. Quer dizer: de facto, não fui eu que escolhi o timing. A ocasião
ser esta (Janeiro de 2005) decorre do facto de os trabalhos de instalação do gabinete de
estudos (que tutelava) estar a entrar na fase de precisar de um espaço na web para tornar público os resultados do seu trabalho e para interagir com
os interessados. Ora, o espaço informático do SNESup é “domínio” do
“aparelho” ...
“Por
iniciativa do colega Luís Moutinho, que assegurou a presidência durante a
primeira parte do seu mandato, a Direcção do SNESup elegeu em 8 de Janeiro
último uma nova equipa coordenadora (…)” in InfoSNESup nº 7 de Janeiro de
2005.
Clique toma a direcção do SNESup
Na
qualidade de Vice-Presidente do Sindicato Nacional do Ensino Superior, alvo
de saneamento – por meios ilegítimos e
ilegais – sinto ser minha obrigação informar, pelos meios que tenho à
disposição (já que os meios de informação do sindicato estão "controlados") os colegas, sindicalizados ou não, de que, 30 anos depois do 25
de Abril os preceitos democráticos básicos são desrespeitados, substituídos
por insultos, censura na circulação de informação entre membros eleitos dos
órgãos sociais estatutários, falsificação de documentos, propaganda para refazer a história gloriosa
- como se mostra em epigrafe -, complicados golpes
palacianos que justifiquem – na óptica da psicologia da seita – o ostracismo
contra quem possa não acatar a, situação, em particular a falta de legitimidade e
de
democraticidade das práticas de direcção do sindicato.
Faço-o só agora, um ano depois de ter assumido funções, por me ter deixado
vigarizar, isto é, convencer de que a desorganização não era muito bem
organizada mas apenas por dificuldades e inexperiência de gestão.
Faço-o porque entendo que o sindicato representa a vontade instituída dos
docentes do Ensino Superior e não deve estar ao serviço de outros
interesses. Faço-o também por saber que novos recrutamentos irão ser feitos
em breve para compensar a desmobilização dos que vão abandonando o barco em
silêncio e envergonhados por terem feito figuras de vigarizados (que é como
eu próprio me sinto). Fica uma aviso à navegação, para quem puder estar
interessado:
1. Uma breve cronologia documentada de alguns dos
acontecimentos que julgo relevantes para entender o meu saneamento.
2. Um desabafo quase intimista, que pode caber numa lógica de blogada
As nossas imensas e crescentes tarefas e responsabilidades colectivas não
podem ser sujas de modo a descredibilizar toda uma classe profissional. Além
de constituir um perigo cívico e político (e, nos tempos que correm não
estão para brincadeiras) o abandono do sindicato aos oportunistas prejudica
os nossos mais evidentes interesses, como – por exemplo – o esforço de
concretização prática do compromisso anteriormente assumido pelo Estado para
a valorização em 5% das remunerações das carreiras.
Cronologia
- Tornei-me delegado
sindical do SNESup no ISCTE, por falta de comparência de outros colegas
disponíveis e por sugestão de colegas ex-delegados a Nuno Ivo Gonçalves,
que entretanto liderava a oposição à gestão de Pedro Abreu, em finais de
2001 ou princípio de 2002.
- Durante essa direcção,
presidida por Luís Belchior e depois por Luís Moutinho, registaram-se
diversos episódios cujos contornos ficaram esquecidos, mas para registo
houve uma mudança de “equipe coordenadora” da Direcção a meio do
mandato, como aconteceu também agora mesmo, Janeiro de 2005. Tudo se
terá ficado a dever a ocupações académicas de uns e maior
disponibilidade de outros. Ou não? Não sei.
- Por iniciativa de Luís
Moutinho, segundo se disse então, desafiado por Nuno Ivo Gonçalves (NIG)
e Paulo Peixoto, organiza-se uma nova lista para a Direcção do
Sindicato, eleita em Novembro de 2003. NIG assumiu o 25º lugar da lista
mas também a liderança das actividades. No dizer de Luis Moutinho,
disse-mo mais tarde, seria preferível tê-lo na Direcção do que fora da
Direcção, como "oposição". Nessa lista aceitei ser nomeado um dos
Vice-Presidentes.
- Desde o início houve
dificuldades de indefinição estratégica
e da consequente dispersão de acções
sem resultados práticos.
- Isso mesmo causou
grandes confusões, nomeadamente a propósito do modo com a Direcção
resolveu (não) tomar posição sobre um movimento grevista. Alguns de nós
vacilámos, mas acabámos por
dar as "dificuldades" por adquiridas.
- Assisti ao primeiro
saneamento da Direcção na primeira reunião de Direcção realizada no
Porto. Protestei e abandonei a reunião da Direcção por entender não ser
democrático o procedimento. Tive de escolher entre a demissão ou
persistir e convencer os colegas a adoptarem métodos diferentes. Em
troca, fui recompensado com o direito a levar para a frente as propostas
que tinha feito, com agrado geral mas também com indiferença, sem
nenhuma decisão da Direcção, favorável ou não. Em particular foi-me
entregue a tutela da instalação de um gabinete de estudos.
- Assisti, meses mais
tarde, também sob protesto, à perseguição do Tesoureiro da Direcção,
Fernando Gaspar, tendo declarado pessoalmente ao Presidente Luís
Moutinho a minha opinião de ser desejável a expulsão da Direcção de Nuno
Ivo Gonçalves, instrumento (e autor, presumo) de tal perseguição,
concretizada através de insultos diários transmitidos por email para a
caixa de correio do visado. O assunto nunca chegou a ser abordado e os
insultos persistiram.
- A acção junto do
Comissão de Fiscalização e Disciplina do Sindicato, interposta pela
visado, foi inconclusiva por, alegadamente, inexistir um código de
disciplina aprovado que permitisse a aplicação de qualquer sanção.
- Quando, por razões que
são agora irrelevantes, fui insultado através de um
email com
origem em NIG, percebi imediatamente o que estava a acontecer. Pedi a
demissão (até porque
tinha acabado de receber a informação de que, em nome do SNESup, se
estavam a fazer
denúncias de colegas alegadamente em acumulação, sem conhecimento da
Direcção) mas a resposta
veio provocadora. Aceitei o desafio.
- Da reunião de dia 4 de
Dezembro (a que querem recusar atribuir uma acta, provavelmente por não
estarem de acordo em revelar o que lá se passou, e que descrevi desta
maneira), quando
foram discutidas as minhas
reflexões escritas,
atempadamente divulgadas, não resultou nenhuma decisão ou tomada de
posição. Resultou uma missiva de
desagravo, que
circulou na net por iniciativa de Luís Moutinho e subscrtita,
calcule-se, por NIG e por Paulo Peixoto.
- Conforme tinha avisado
anteriormente (cf. "demissão" acima) o Presidente, não me deu por
satisfeito sem uma tomada de posição clara da Direcção do SNESup sobre o
assunto.
- O Presidente Luís
Moutinho dá sinais de que o golpe de estado na Direcção começara, ao
sugerir-me discretamente
a minha demissão (sem sucesso) e ao anunciar a sua própria demissão,
dia 13 de Dezembro de 2005, recusando-se a garantir a produção da
acta da reunião
citada em 8., sem dar explicações, sem tomar qualquer iniciativa de
clarificação da situação (entretanto empatada na Comissão de
Fiscalização e Disciplina)
- Isso mesmo é anunciado
no Conselho Nacional (assembleia de delegados sindicais) de Dezembro de
2004, que ficou marcado pela declaração de Joaquim Infante Barbosa de
que a reunião de dia 4 de Dezembro teria sido uma reunião “normal”. Em
breve, a 8 de Janeiro de 2005, seria empossado ilegitimamente Presidente
da Direcção do SNESup.
- Na reunião de Direcção
de 8 de Janeiro de 2005, a que antecipadamente se sabia não poderiam
estar presentes o Tesoureiro e o Vice-Presidente incómodos, tomaram-se
espantosas decisões, que mereceram uma
declaração final
da minha parte.
- Na reunião de seita,
em nome da Direcção do SNESup e nas instalações do sindicato, dia 29 de
Janeiro de 2005, confirmei que os membros presentes tinham recebido
todas as minhas cartas enviadas pelo correio e que as ignoravam,
simplesmente. Ver explicações de
Paulo Peixoto.
- Recebi vários
conselhos para tratar dos “meus assuntos pessoais com o NIG”:
demitir-me, usar o método da bengalada, não questionar nem fazer perder
tempo com intrigas, procurar realizar as propostas de trabalho
sugeridas, numa versão sindical da “minha política é o trabalho”.
- Decidi fazer a
denúncia pública da situação através do meu site pessoal e pela
divulgação possível desta história.
Contra a
indiferença e o oportunismo
“´Durante
o dia o doente foi muito colaborante, apresentou-se consciente e orientado e
foi ele que indicou o caminho. Manteve sempre comportamentos adequados às
situações, quer ao pequeno-almoço, quer quando foi comprar o jornal, quer
durante a viagem. O restaurante onde almoçámos foi ele quem o escolheu,
assim como o prato.´ Relatório dos técnicos que o acompanharam nessa visita,
em 23 de Fevereiro de 2000”
Citado em Ana paula Teixeira de Almeida, Vidas invisíveis – doentes
inimputáveis perigosos internados em serviços de psiquiatria forense,
Mestrado em Sociologia da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra,
2000.
Não
é a primeira vez que me acontece. Por isso a vergonha é menos embaraçada. Os
sentimentos de culpa já não me atingem. Mas a vigarice – ainda por cima
aparentemente escusada e sem sentido – incomoda. E muito.
Como
digo, já quase que estou habituado – trabalho, faz quase oito anos, com
pessoal e temas prisionais. Mas por isso mesmo tenho mais consciência da
irritação que os vigaristas crónicos provocam àqueles que os têm que aturar.
Traz-me a estas considerações o
fim de um processo de participação sindical no Sindicato Nacional do Ensino
Superior, de docentes deste grau de ensino, de quem se esperariam
comportamentos elevados, não só no discurso mas também e na prática. Mesmo
que não conhecesse ninguém na Direcção (refeita de novo em finais de 2003)
em que aceitei entrar, o programa sindical produzido (e tacitamente
aprovado) de abertura e apoio à expansão e modernização do Ensino Superior
parecia assegurar que viveríamos dias interessantes. Jamais me passou pela
cabeça ver-me envolvido na trapalhada que vos conto brevemente de seguida.
Santanetes afinal não são só majoretes …
Para
não complicar demasiado a história com pormenores, que fariam disto um
romance, imagine o caro leitor que recebe no computador uma missiva a
afirmar que o meu amigo é um cidadão correcto, bom de contas, sem que haja
nada contra si. Foi isso mesmo que me aconteceu. O Presidente da Direcção do
SNESup, de que fui Vice-Presidente, dirigiu-se-me assim.
DESAGRAVO. Tinha
acontecido, quinze dias antes, ter sido atacado com
insultos,
perante a necessidade de usar os recursos informáticos do SNESup - que eu
pensava estarem sob a tutela, mas fiquei a saber que estavam à guarda dum
antigo e conhecido colega, Nuno Ivo Gonçalves (último membro da Direcção
porque - segundo me informou o escrevinhador do desagravo - seria mais
perigoso fora da Direcção do que dentro, vá lá saber-se porquê). Como na
véspera de ter recebido o desagravo o insultante - em frente à Direcção
reunida - manteve os insultos, e como este tipo de práticas já eram
repetidas de outros casos e colegas, e como já tinha anteriormente posto a
condição de haver uma tomada de posição da Direcção para que sentisse que a
minha posição seria salvaguardada de forma definitiva, não fiquei
impressionado pela rapidez com que o próprio colega insultante enviou uma mensagem email de subscrição do desagravo. E respondi como entendi ser meu dever.:
RESPOSTA.
Na
semana seguinte o Presidente anuncia inopinadamente a sua demissão do cargo,
sem nenhuma explicação. Convocou uma reunião da Direcção para dia 8 de
Janeiro de 2005, de modo a que os destinos da Direcção pudessem ser
continuados ou não por outros. Não vi nenhum inconveniente, desde que a casa
ficasse arrumada e os serviços mínimos fossem garantidos: mas não foi o
caso. Abram esta
janela.
O
facto de um dos Vice-Presidentes e o Tesoureiro (dois dos três postos de
cúpula da Direcção, não estarem em condições de participar) não impediu a
polémica convocatória. Nem impediu que a decisão da sua substituição fosse
tomada de forma definitiva, sem comentários. O que esteve na base da minha
declaração final.
Mantive-a comigo até ter oportunidade de me confrontar, olhos nos olhos, com
os membros da nova Direcção. Publico agora a história para que possa ser
consultada por quem estiver interessado.
Outros documentos relevantes:
Cartas enviadas por correio para a Direcção, constantes no sindicato com os
números 511/04 (que mereceu um comentário do ex-Presidente que assim rompeu
- porque será que o fez? - a sua auto-determinada inactividade sindical:
entrada 12/05 do SNESup) e também 21/05.
A
minha declaração final circulou com o nº de entrada 47/05.
Vale
a pena consultar a forma como a nova Direcção do SNESup apresenta o caso aos
sócios, numa simpáticas
news letter
O
mais extraordinário desta história é que tudo isto se fica a dever ao facto
de a minha primeira contribuição para procurar entender o que se estava a
passar na Direcção ser mais acertada do que eu próprio poderia esperar e que
outros poderiam suportar.
Leia.
Depois disso escrevi muito outro texto, na convicção bizarra de que a
elucidação pode ajudar a tomada de decisão. Fico com a sensação que foi em
vão.
texto 1
texto 2
texto 3
texto 4
Não
se vão sem outro
desabafo.
Declaração de
limitação de responsabilidades
Aos Presidentes
da CFD e do Conselho Nacional do SNESup,
António Pedro de Andrade Dores, na qualidade de membro
da Direcção do Sindicato Nacional do Ensino Superior eleita em Dezembro de
2003, na situação de actividade auto-suspensa desde que fiz declaração nesse
sentido, no final de Novembro de 2004, sem ter forma de afirmar os meus
deveres e responsabilidades decorrentes do estatuto referido acima, pelo
facto de o lugar da Direcção ter sido ocupado ilegitima e ilegalmente por
uma seita produzida a partir dos seus membros, vem declarar, para efeitos
legais e sindicais, o que segue:
a)
apesar de ter sido nomeado como responsável do denominado “projecto
transparència”, com excepção da contestação de um concurso de recrutamento
de um elemento para secretariado para a Faculdade de Ciências de Lisboa,
declino quaisquer outras responsabilidades em tomadas de atitude que em nome
desse projecto ou do sindicato tenham sido tomadas nesse âmbito, por as
desconhecer a não ser por ouvir dizer. Em particular, jamais daria ou darei
autorização para perseguir disciplinar ou criminalmente, em meu nome ou sob
a minha tutela, colegas de quem se diga que têm acumulações ilegais ou
outras infracções à lei, cuja inspecção ou denúncia não cabem no âmbito da
actividade sindical.
b)
dadas as circunstâncias anti-democráticas – e por isso ilegítimas e
ilegais – com que alguns membros da Direcção anterior se apossaram do lugar
de Direcção, apesar de ter votado favoravelmente, recentemente, a
constituição de uma sociedade para agilizar a prestação de serviços aos
sócios do sindicato, sou de parecer que tais actividades – cujo andamento
desconheço – devem ser paradas imediatamente e revista a situação à luz dos
mais recentes acontecimentos. Nesse sentido, dessolidarizo-me publicamente
perante os órgãos sociais do sindicato que eventualmente estejam a funcionar
em termos estatutários, isto é democráticos, por ser essa a única forma que
entrevejo de o poder fazer.
Com os melhores cumprimentos
António Pedro Dores, 2005-01-29
sites a pedir visitação
Blogs Sobre Ensino Superior
Política desastrosa na Educação não deve continuar a ser seguida
Uma
entrevista
recente da ministra da Ciência do Ensino Superior confirma os piores
receios: o processo de Bolonha está a ser utilizado para organizar o negócio
dos fundos europeus e dos desejos de formação superior das famílias
portuguesas em detrimento da qualidade do ensino e da possibilidade de
desenvolver a ciência em Portugal.
Ler mais sobre a minha
opinião
Declaração a propósito do acordo entre sindicatos representativos de
trabalhadores altamente qualificados do Estado para enfrentar negociações
salariais para 2005
Nos
últimos trinta anos, em toda a Europa e também em Portugal, a modernização
tem-se feito através do forte crescimento de postos profissionais altamente
qualificados. Por isso, o entendimento entre os sindicatos signatários é, em
si mesmo, um factor positivo, na medida em que representam uma parte
significativa dos profissionais que servem o Estado nessas funções.
Portugal precisa de mais Estado nalguns sectores e nalgumas funções e
precisa de menos abusadores do Estado, em especial precisa de combater a
exploração dos bens do Estado por parte de quem, impunemente, se utiliza de
funções públicas para benefícios privados, como precisa de combater o
laxismo das instituições reguladores e de auditoria perante quotidianos
intoleráveis.
Pela nossa parte, Sindicato Nacional do Ensino Superior SNESup – e estamos
certos de ser acompanhados nisto pelos restantes sindicatos signatários
deste primeiro acordo de princípio sobre as próximas negociações com o
Estado nosso patrão – adoptamos por lemas por um Ensino Superior de
Qualidade e por uma Cultura do Mérito.
A qualidade dos serviços públicos não pode ser atingida sem o respeito pelos
profissionais e pelas respectivas qualificações, sem o respeito pela
autonomia profissioanl essencial ao bom desempenho, o que manifestamente não
tem acontecido nem está a acontecer. Ao contrário, aos docentes do Ensino
Superior tem sido recusado, sem vergonha, o direito ao subsídio de
desemprego, numa altura em que a extrema precariedade dos vínculos
contratuais e a política de desinvestimento neste sector têm colocado
dezenas de colegas em situações pessoais humilhantes. Apesar de aos docentes
do ensino superior o Estado reconhecer estar a oferecer um estatuto
remuneratório menorizado – nomeadamente aos nossos colegas do básico e
secundário – suspendeu a última etapa da equiparação, connosco acordada, do
índice 100 ao dos colegas citados, faz 4 anos. O Estado tem-se eximido a
pagar 5% dos salários que entendeu serem-nos devidos, não havendo ainda
nenhuma perpectiva temporal de rectificação da situação; Estas duas
circunstâncias – que infelizmente não são as únicas francamente negativas,
como é o caso de um preconceito do governo em financiar a ciência
fundamental em Portugal – são corrosivas de qualquer tipo de atratividade
para a profissão mais exigente do Estado, onde se espera poder encontrar os
melhores cérebros e as maiores competências, que de resto estão actualmente
em grave risco de estiolarem por completo impedimento de recrutamento de
docentes-investigadores nas novas gerações, por razões estritamente
economicistas, pondo em risco a qualificção do Ensino Superior em Portugal.
A Direcção do SNESup sabe, porque o mostra a experiência histórica do
sindicato, que a menos que os seus sindicalizados manifestem publicamente a
sua indignação pela situação a que estão acantonados, os responsáveis do
Estado não têm dado prioridade à prometida qualificação do Ensino Superior.
Para nós, o presente protocolo representa a nossa vontade de darmos os
braços a outros sindicatos com que possamos partilhar as nossas esperanças
num Estado ao serviço dos portugueses.
A Direcção do SNESup
2004-08-31
No acesso ao Ensino Superior joga-se também os novos Descobrimentos
2004-07-14
"O governo acaba de anunciar
um aumento de vagas no Ensino Superior para este ano, em especial em
Medicina, visto que no campo das ciências e das tecnologias a tendência está
condicionada pela disponibilidade de alunos candidatos. Estão a chegar os
anos das vacas gordas eleitorais e a simplificação dos problemas à sua forma
estatística pode parecer conveniente para fins de propaganda. Infelizmente,
porém, isso não ultrapassa os factos: o brutal desinvestimento estratégico
deste governo no Ensino Superior, a tremenda pressão política que se tem
exercido sobre as instituições, a desorientação que tem sido difundida
juntos dos docentes e investigadores em Portugal."
>
Ler
mais
O que se joga na Reforma do Ensino Superior?
2004-06-18
(...)
O Ensino padece
dos males da sociedade. Como colocar Portugal no mapa da modernização
europeia? O Ensino Superior, como no tempo das Descobertas, pode cumprir um
papel infraestrutural para o próximo futuro. Essa é
também a opinião da Comissão Europeia, que para os próximos anos obriga a
que os fundos europeus sejam investidos em estratégias de desenvolvimento da
Sociedade do Conhecimento! O Ensino Superior é, pois, uma área de
intervenção política estratégica, como reconheceu às arrecuas o
Primeiro-Ministro, depois de dois orçamentos muito negativos para o sector,
apelando demagogicamente à sua própria tradição familiar como "prova" de
sinceridade.
(...)
A luta da Reforma
do Ensino Superior será a de ultrapassar relações de trabalho fundadas na
reverência pessoal e hierárquica, que usa a precaridade do vínculo
tradicional dos docentes, em favor da convivência concorrencial e sã entre
produtividade científica, lá onde as massas críticas já estejam
estabelecidas, e criatividade, lá onde os docentes precisem de mais tempo
para se organizarem em disciplinas ou onde estejam em trabalho de crítica ao
trabalho disciplinar. Caso o Ensino Superior não se liberte dos sistemas de
“rendas”, de “portagens” e de “corveias” que hoje domina a produção de
política neste sector, os investimentos europeus anunciados serão consumidos
em obscuros jogos de poder corrupto.
>
Ler mais
Reflexões sobre a situação no Ensino Superior
"O
sindicalismo tradicional está em crise, não tanto porque faltem razões para
a organização da defesa dos direitos dos trabalhadores, incluindo os mais
privilegiados (com ou sem aspas), mas porque está empenhado prioritariamente
em se entrincheirar na legalidade de um Estado Social sitiado, fora do qual,
em campo aberto, as formas de luta terão que ser, forçosamente, muito
diferentes. "
>
Ler mais
SNESup toma posição negocial perante ambiguidade ministerial
Face aos anúncios sucessivos da Ministra da
Ciência e Ensino Superior MCES de agendamento da apresentação e discussão
dos Estatutos de Carreiras Docentes no Ensino Superior (desde Janeiro a Maio
de 2004), a Direcção do SNESup tomou uma posição esclarecedora.
> Leiam.
Fórum CONFAP
|
O
SNESup entende que o Ensino Superior, apesar da sua especificidade,
depende em muitos aspectos na lógica de sequência - ainda
dominante - entre o Ensino Secundário e oe estudos superiores.
Por isso é política da actual Direcção procurar envolver-se,
na medida do possível, na identificação, discussão e solução
dos problemas do Ensino Secundário. Uma iniciativa nesse sentido
pode ser começada pela oportunidade oferecida pela organização
de um Forum sob a tutela da CONFAP, confederação de
associações de pais.
Ver:http://www.confap.pt/forum/

Semana
de Luta por
um
Ensino Superior de Qualidade
|
|
8
a 12 de Março 2004
|
|
Por
um cultura de mérito em função de objectivos racionais
|
Portugal
está numa encruzilhada.
Ou se
continua a explorar a mão-de-obra barata, sendo para isso preciso
reproduzi-la através de trabalhadores desqualificados, sem outras aspirações,
e nesse caso o nosso último lugar na UE é uma “oportunidade
competitiva” (com o terceiro mundo) que deve ser aprofundada,
nomeadamente através da contenção dos salários.
Ou se
muda de rumo, conforme foi prometido – mas não está a ser cumprido –
perante os resultados de quase vinte anos de investimentos em
infraestruturas (em vez de investimentos nas pessoas e na sua
auto-estima).
Os
docentes e investigadores do Ensino Superior não são políticos. Mas,
para serem bons profissionais, não podem duvidar que fará toda a diferença
para o povo português se trabalharem para a qualificação das suas
instituições e dos seus alunos.
Por isso
a Direcção do SNESup chama a atenção de todos os colegas,
sindicalizados ou não, para o facto de a actual política de contenção
financeira do governo estar a ser realizada à margem de qualquer critério
de qualidade do trabalho das instituições, pondo indiscriminadamente em
risco os processos de qualificação em curso no Ensino Superior em
Portugal, apesar disso nunca ter sido verdadeiramente uma aposta estratégica
do Estado.
Se se
quiser acompanhar a política de competitividade da União Europeia, em
Portugal será preciso triplicar, nos próximos anos, o investimento em
investigação e principalmente revolucionar as relações da investigação
e da docência com o tecido produtivo e, portanto, os outros trabalhadores
públicos e privados. É que dois terços do investimento na investigação
deverá ser realizado pelo sector privado, partindo – neste momento –
praticamente do zero.
A reacção
do mercado de trabalho de começar por despedir (e manter inactivos) uma
parte significativa dos poucos licenciados que existem em Portugal (menos
de 9% relativamente a um quarto da população na União Europeia) é bem
ilustrativa do lugar do Ensino Superior no modelo de exploração de mão-de-obra
barata. Esse modelo não só não interessa a quem trabalha pelos salários
mais baixos da UE, como também não valoriza profissional, laboral e
intelectualmente os docentes e os investigadores do Ensino Superior.
Os
docentes e investigadores do Ensino Superior só por razões ideológicas,
ou de interesse egoísta em promessas de protagonismo, podem aceitar
assistir, sem reacção, à delapidação das delicadas infraestruturas de
ensino e investigação que criaram com as suas próprias mãos, nos últimos
anos. Não podemos aceitar comprometer o futuro das nossas instituições,
impedidas que estão de se rejuvenescerem e de apoiarem as novas gerações
de docentes e investigadores, de uma maneira que foi impossível aos
pioneiros que romperam com o obscurantismo académico, que tanto ainda nos
pesa.
Na política,
no movimento sindical, no associativismo patronal, como também entre nós,
no Ensino Superior, o debate deve ser aberto, sobre as opções estratégicas
para o país face ao alargamento a países do Leste europeu e face à
agenda de Lisboa, para a sociedade do conhecimento, para a qual haverá
fundos estruturais europeus. O Ensino Superior só tirará vantagens de um
debate racional e aprofundado.
A
Direcção do SNESup incentiva todos os colegas a participarem directa e
pessoalmente neste debate. Sugere que se utilize a semana de luta por um
Ensino Superior de Qualidade, entre os dias 8 e 12 de Março, para
preparar uma acção (em sala de aula ou fora dela) junto dos alunos e
colegas, capaz de os envolver num problema estratégico nacional, que diz
directamente respeito ao futuro das instituições de Ensino Superior em
Portugal.
A
Direcção do SNESup pede a todos os colegas que enviem por email SNESUP@SNESUP.pt
uma frase ou outro trabalho (cartaz, slide, grafiti, foto) que seja capaz
de dar testemunho do trabalho que realizaram na vossa instituição ou que
nos enviem sugestões sobre iniciativas que possamos desenvolver ou apoiar.
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conclusões
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comunicado de imprensa

Salários de professores comparados OCDE (Setembro 2004)
Citação de relatório europeu sobre a educação em Portugal (O Público,
Março 2004).
Resumo de estudo norte americano sobre práticas de avaliação de docentes
por estudantes
"Um
Comissário Político no Ensino Superior" (O Público, 22-08-2003).
programa de Direcção da lista
“Por
um Ensino Superior e uma Investigação Científica de
qualidade ao serviço do País”
(Dez 2003)
campanha eleitoral no ISCTE
(Dez 2003)
"Liberdade
para a qualidade no Ensino Superior" (Dez 2003)

"E
por que é que não pomos os putos a trabalhar?"
(Mai 1994)
"E
por que é que não pomos os putos a trabalhar? (II)
"
(Set 1994)

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