Luta
de morte de Augusto Mata contra abusos e mortes nas prisões portuguesas
"Eu
Augusto da Conceição Mata a partir do dia 5 de Abril de 2005 considero-me um
mártir dentro dos serviços prisionais e para tal entrarei em greve de fome e
de sede até à morte.
Travo
esta última batalha contra os serviços prisionais para acabar com os maus
tratos nas cadeias portuguesas: torturas físicas e psicológicas, e com os
famosos corredores da morte onde hoje em dia ainda são brutalmente
assassinados companheiros meus que os serviços prisionais depois à luz do
dia, vêm dizer que se suicidaram.
De uma
vez por todas é altura do nosso governo olhar para o interior das prisões e
acabar com os verdadeiros assassínios pagos pelo Estado para poderem matar à
vontade nos corredores da morte."
Augusto Mata, actualmente em greve de fome
na cadeia de Paços de Ferreira
Saber mais no
Observatório
Amnistia Internacional é excepcionalmente dura com o governo português:
Porque será?
Como notou o Director Geral dos
Serviços Prisionais, em declarações à comunicação social, a
última
posição da AI divulgada sobre as posições portuguesas é "exagerada".
Pena é que nada faça, nem o Governo nem a admnistração, como supostamente
seria sua obrigação, para evitar o merecimento de tais invectivas!
Relatório 2004 da Amnistia Internacional sobre Portugal
Proibicionismo no seu melhor!
A política proibicionista global
que constitui um dos principais pretextos para encher as prisões de todo o
mundo é bem denunciada por factos como o apoio americano a pessoas
comprometidas com tráficos, desde que eles sejam partidários das suas
próprias políticas
Ler mais
Reforma Prisional que terminou antes mesmo de ter começado
Infelizmente, apesar da
expectativa gerada, a longa preparação de uma Reforma Prisional em
Portugal revelou-se um
nado-morto. Na prática, o essencial continua na
mesma, ou ainda pior: há menos baldas sanitários e mais pessoal de
saúde, mas há alas de segurança ilegais e a contaminação infecciosa é
esmagadora.
Quanto às suspeitas de
execuções extra-judiciais, continuam a produzir-se:
>
ler mais um caso
Penas alternativas ou penas complementares?
Depois de muitos anos em
que o conservadorismo político e judiciário, e o desprezo institucional
pela vida humana dos portugueses, abandonou a possibilidade de uso de
penas alternativas, agora que elas começam a ser usadas com a finalidade
de reduzir o número de prisioneiros, devido à sobrelotação das prisões
mas principalmente devido à injustiça das penas de prisão em Portugal
(em média 3 vezes mais longas que no conjunto dos restantes países
europeus, incluindo os que praticam a prisão perpétua) as penas de
prisão continuam a aumentar exponencialmente.
Leiam
dos jornais.
Aproveitem para apreciar
o título propagandistico.
VIH/SIDA nas prisões
A Associação Abraço traz no seu boletim de Março/Abril de
2004 dois textos relevantes sobre o assunto, que podem ser lidos no site
próprio
http://www.abraco.org
ou aqui. São uma
declaração sobre medidas de combate à doença nas prisões e uma
apreciação do significado do relatório do
Provedor de
Justiça (2003) sobre o assunto.
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