Princípios Gerais
da reforma
Para pensar a reforma
prisional há textos que nos parecem úteis, embora não tenham sido feitos por
quem conhece o sistema português. Juntámos uma brevíssima declaração para
orientação geral dos trabalhos,
http://iscte.pt/~apad/ACED_juristas/Campanha_nacional.html
A ideia de prisão sem guardas está testada já faz alguns anos, com alegado
sucesso sobretudo ao nível da reintegração social, http://iscte.pt/~apad/ACED_juristas/prisoes%20sem%20guardas.html.
Os números são fantásticos e espantosos mesmo.
A seu tempo a ACED tomou posição aquando da proposta de reforma prisional
que foi anunciada em 2004. http://iscte.pt/~apad/ACED/ficheiros/reforma.html
A Justiça restaurativa, cujas versões utilitárias e de emergência estão
muito na moda, merece toda a atenção. Levar a sério o ideário da justiça
restaurativa, isto é como orientação estruturadora das práticas
institucionais quotidianas da justiça, seria um salto civilizacional.
comparável aos Descobrimentos, no seu tempo. O facto da criminalidade em
Portugal ser baixa, a unidade nacional ser muito antiga, e a justiça estar a
precisar de uma tremenda vassourada, são tudo boas razões para uma radical
transformação política do sentido da justiça dominante no nosso país.
Reforma Prisional
vista pela ACED
Em Portugal, depois da
dureza Guterrista em meados da década de noventa, vive-se o reconhecimento
político da falta de tutela legítima do sistema de penas – o que justifica a
reforma alegadamente em curso – bem contra as tendências políticas do
governo. Não é de agora que anda tudo às avessas. O que não tem parado é o
orçamento, que de perto de um salário mínimo por detido têm vindo a crescer
exponencialmente, devendo estar próximos dos 3 salários mínimos. Com a
privatização perder-se-á o controlo (que de facto nunca existiu
rigorosamente) sobre as despesas. O que se recusa pagar em termos de
prevenção, diminuição de riscos, assistência social, políticas de
integração, paga-se multiplicado para castigar e intimidar com um sistema
judicial injusto, dito em crise, mas que ninguém com poder está interessado
em mudar, na prática.
Assistimos ao resultado da
vergonha sentida pelos portugueses por terem a tutela política e moral do
pior sistema de penas de toda a Europa, fundamentalmente ocasionada pelos
relatórios da Provedoria, pelas lutas dos presos por justiça, pelo
descrédito da Direcção Geral dos Serviços Prisionais e também por não ser
mais possível esconder à comunidade internacional o desleixo do estado
português nesta matéria. Ao contrário do que se possa dizer, os casos de
presos mediáticos vieram a ocorrer depois de o governo – durante a campanha
eleitoral e imediatamente depois da tomada de posse – se ter comprometido
com uma reforma prisional.
Para saber mais sobre a
posição da ACED leia:
Contribuição
para a [alegada] discussão pública da [alegada] reforma prisional (Janeiro
2003)
Execução de penas,
justiça e regime político em Portugal (Julho 2003)
Contra o Estado Terrorista e Mafioso – Interpelação ao Procurador Geral da
República (Janeiro 2004)
UM DESENVOLVIMENTO
JUSTO PARA PORTUGAL, PRECISA-SE (Março 2004)
A privatização das
prisões (Abril 2004)
A Reforma
Prisional do Parlamento (Maio 2004)
Notícias de Fevereiro 2004
A ACED reage à apresentação pública do
relatório da Comissão para o Estudo e Debate da Reforma do Sistema Prisional
presidida por Freitas do Amaral
Foi grande a
azáfama mediática em torno
do anúncio da saída do relatório de Freitas do Amaral, a 16 de Fev 2004. Coisa de
profissionais. Foi grande a atrapalhação da ministra, que reagiu indo a
Monsanto reanunciar a construção de uma prisão de alta segurança no
parque. Eis os textos do relatório e
da proposta de
Lei de
Bases do Sistema Penal.
Entretanto, a ACED foi tratada como
"parceira social" neste processo. Não nos faremos rogados, caso
nos deêm trela. Temos mesmo um pedido de apoio a fazer ao leitor.
Veja!
Leia
contribuição
pessoal para a discussão.
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