Repensar a sociedade à luz da experiência   

 

 




Processos de purificação social – a propósito da manifestação de 15 de Setembro de 2012 em Portugal


O trabalho mental, científico ou de senso comum, baseado na ideia de que a sociedade é uma correspondência biunívoca entre as normas e as práticas, cujos desvios são sancionados de modo a que essa correspondência seja tão estável quanto possível, pode ser abalado nos seus fundamentos, assim as normas e práticas deixem de aparecer compagináveis.

Quando as normas e as práticas são apenas metáforas de um jogo de sombras sem sentido e outro objectivo que não seja a sobrevivência de uma relação tradicional, entre abusadores e vítimas, em circunstâncias penitenciárias ou equivalentes, os cálculos mecânicos tornam-se imprestáveis ao mesmo tempo que as manifestações emocionais se tornam irreprimíveis.

O facto dos comportamentos sociais se tornarem menos previsíveis, as circunstâncias objectivas, recenseáveis pela observação sistemática, não deixam de condicionar as possibilidades de acção social. Os modelos de acção social dominantes é que deixam paulatinamente de submeter-se a regras tradicionais e experimentam a criação de regras de comportamento marginais.

 

Palavras-chave: povo, consciência colectiva, acção social, instabilidade social

Texto integral em PDF slides de apresentação sintética


   
  volta ao início da página