|
Trilogia de livrosPublicação em Portugal Publicado em Espanha, com prefácio de Iñaki Rivera Beiras
Espírito de Proibir, ensaio, inclui definição de estados de espírito, trata da guerra Espírito de Submissão, monografia, trata do que pensam imigrantes da justiça Espírito Marginal, estudo de casos, trata de segredos sociais e violência política apresentação em slides (versão curta) (versão longa) fotos apresentação FNAC Sta Catarina Porto Estados de espírito e poder - video (1 hora) A quem escapa a sensação de se estar a viver uma época pré-holocausto? Guantanamo, Abu Grahib, voos da CIA, prisões secretas, legalização da tortura, criminalização dos imigrantes, ambiente de cruzada, expulsão de ciganos … Irão a nossa civilização e o seu progresso engendrar outra vez o Inferno? Pondo a questão de outro modo: seremos capazes de, desta vez, evitar a catástrofe humanitária na Europa? Ou as ondas securitária, xenófoba e torcionária que estão formadas encontrarão pela frente apenas o alheamento e indiferença cúmplices? O estudo descomplexado do poder pode ser uma ajuda para se aprender a estar face a desafios maiores. O poder nas prisões é institucional e culturalmente vivido de forma mais crua e com menos restrições morais. Foram elas que nos serviram de inspiração e de guia. Trata-se de expor a figura do carcereiro como proibidor, do prisioneiro como submetido e do delinquente como marginal e verificar como, afinal, são tudo figuras do nosso quotidiano e, ao mesmo tempo, orientações para o devir de cada ser humano, e da humanidade como um todo, confrontados com os seus problemas existenciais. A descoberta e caracterização de estados de espírito próprios da natureza humana é um programa de estudos sociológico. Espírito de proibir, espírito de submissão e espírito marginal são exemplos de estados de espírito elementares observáveis, seja no quotidiano mais informal, seja ao nível mais elevado das relações institucionais e internacionais. A responsabilidade do que eu faço com a sociologia é minha. Não é a sociologia que faz o que quer de mim. A melhor sociologia é sempre marginal ao entendimento mais comum da sociologia, claro. A sociologia que apresento em torno do conceito de estado de espírito revelou-se-me marginalizada. Tal e qual a violência, as emoções, a sexualidade, os corpos. A teoria da civilização de Norbert Elias, que prevê a repugnância estética incorporada das pessoas civilizadas na presença de sinais de violência (e também de emoções, sexualidades e corpos), é particularmente verdadeira na pele e nos corpos dos sociólogos. Experimentem apresentar um estado de espírito a um sociólogo e, com grande probabilidade, se fará sentir a repugnância visceral e espontânea, efeito de formação portanto. Efeito do papel assumido pela sociologia de apologia da modernidade, contra as teologias, os militarismos, as conspirações políticas, administrativas e judiciais. Sem que, afinal, as tenha verdadeiramente conseguido vencer - nem elas perderam a actualidade, apesar do desdém dos sociólogos. Neste período de mudança social radical como aquele que se vive hoje, com o fim da era semi-milenar da conquista do mundo pelo Ocidente, há a oportunidade e a necessidade de refundar as disciplinas intelectuais. É útil revisitar autores malditos, como Tarde, Girard, Alberoni e outros. Seria bom, nesta altura, que quem esteja a sentir a necessidade de salvar a sociologia do afundamento da modernidade – enquanto filosofia e ciência específicas – que a ajude a libertar-se, libertando-se dela e levando o espírito dessa actividade para fora das rotinas, para mais alto. Para onde se possam ver a natureza social da humanidade e a Gaia como partes integrantes de si mesmas, lá onde o espírito é apenas uma expressão da natureza e não um inimigo que não se pode sequer nomear, qual tabu plantado dentro de nós para tramar a razão. Como nasceu a necessidade de ter ideias diferentes? Ver Estado da Arte
Apresentações possíveis
Representações em imagens do que se entende por estado-de-espírito Dinâmicas sociais e metodologia capítulo VI de Sociologia da Instabilidade
Aplicações (imagens de comunicações)
Bibliografia mais importante António Damásio, neuro-cirurgião (2003) Ao Encontro de Espinosa – As Emoções Sociais e a Neurologia do Sentir, Lisboa, Europa-América. ---, (2010) O Livro da Consciência - a Construção do Cérebro Consciente, Lisboa, Círculo de Leitores. Francesco Alberoni, sociólogo, (1989) Génese, Lisboa, Bertrand. Pierre Bourdieu, sociólogo, (1979) La Distinction, Paris, Ed. Minuit. Raymon Boudon, sociólogo, (1998/1995) O Justo e o Verdadeiro – Estudos sobre a Objectividade dos Valores e do Conhecimento, Lisboa, Piaget. Bruno Latour, sociólogo da ciência, (2005) Re-assembling the social. An introduction to Actor-Network Theory, Oxford, Oxford University Press (tradução francesa em Paris, La Découverte). Loïc Wacquant, antropólogo, (2000) As Prisões da Miséria, Oeiras, Celta. Philip Lombardo, psicosociólogo, (2007) The Lucifer Effect, Random House. Luc Boltansky, sociólogo, (1990) L´Amour et la Justice commme compétences, Paris, Métailié. Luc Boltansky e Ève Chiapello, sociólogos, (1999) Le Nouvel Esprit du Capitalisme, Paris, Gallimard. René Girard, antropólogo (1978) Des Choses Cachés Depuis la Fondation du Monde, Paris, Éditions Grasser et Fasquelle. Richard Wilkinson e Kate Pickett, epidemiologistas (2009) The Spirit Level – why more equal societies almost always do better, Penguin. Jock Young, criminólogo, (1999) The Exclusive Society, London, Sage. Alfred Tomatis, linguista, (1991) Todos Nascemos Poliglotas, Lisboa, Instituto Piaget Daniel Goleman, psicólogo (2010/2006) Inteligência Social – a nova ciência do relacionamento humano, Lisboa, Círculo de Leitores. Gregory Batson, antropólogo (1987/1979) Natureza e Espírito, Lisboa, D. Quixote |
||||||