Gorgora Nova - Mariame Gemb
O local designado nos documentos jesuítas como Gorgora Nova situa-se numa pequena península na margem norte do Lago Tana, a sul da cidade de Gondar, na região de Dambiá. Entre 1611 e 1618, Gorgora Nova foi escolhida como acampamento real (càtàmá) pelo Rei Suzeniôs, que decidiu então abandonar Dacana, um pouco a norte, devido a uma epidemia provocada pelas fracas condições sanitárias desse palácio. Anexo aos restos do ainda não identificado edifício (palácio real e/ou residência jesuíta?) cujas paredes ainda permanecem em pé, encontra-se uma extensa área arruinada do que foi em tempos uma imponente igreja católica de nave única, bem ao estilo barroco. Após séculos de abandono, a catedral entrou em colpaso no Verão de 1995. As únicas partes que restaram - o lado sul do grande altar e a parte baixa das paredes exteriores - testemunham ainda a monumental escala do edifício e a riqueza e sofisticação do trabalho da pedra.O templo foi construído em 1626, sob supervisão do irmão Juan Martinez (ou João Martins), por ordem directa do rei Suzeniôs que, após ter transferido o acampamento real para Dancaze (em 1618), quis que fosse construída em Gorgora Nova uma igreja católica em pedra e argamassa, que ofereceu aos padres jesuítas, como sede do seu trabalho missionário.
Igreja de Mertula Mariame (Gôdjame)
Castelo de Guzara & "casa do patriarca" (Debsane)
Palácio e catedral de Dancaze
Castelos de Âzâzô e Gondar
Ponte de Tisse Abbai
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O palácio |
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Complexo de Gorgora Nova, vista geral
(fotografia: M. J. Ramos) |
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Complexo de Gorgora Nova, torre nordeste do palácio (fotografia: M. J. Ramos) |
A igreja |
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Gorgora Nova, vista do Lago T'ana(fotografia: M. J. Ramos)
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Igreja de Gorgora Nova, ruinas da parede sul do altar-mor (fotografia: M. J. Ramos)
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Fotografia da fachada norte e do altar-mor da igreja de Gorgora, nos anos 1930, in Ugo Nanni, Che Cosa é L’Africa Orientale. Roma, L’Azione Coloniale, 1935 |
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